O transporte de carga rodoviário é um dos mais importantes para a economia brasileira. Todos os dias, circulam muitos veículos de carga pelas rodovias nacionais. Boa parte da produção do Brasil depende desse modal. Mesmo com a crise econômica, o modal rodoviário contribuiu para elevar o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Os dados confirmam que, apesar de todas as deficiências e dificuldades que o modal enfrenta (como infraestrutura precária das rodovias, roubo e perdas de cargas, falta de profissionais qualificados, roteirização ineficaz, desatualização de frota), o transporte rodoviário ainda é fundamental na recuperação de nossa economia.

O que vamos analisar neste post são os segmentos mais movimentados nas rodovias nacionais, já que muitos segmentos diferentes circulam pelas estradas. Vamos, dessa forma, destacar ainda o agronegócio, ligado a diferentes segmentos importantes (como o transporte de grãos e animais) promove o desenvolvimento econômico!

As cargas a granel são uma prioridade no transporte de carga

Esses produtos são denominados dessa maneira porque não passam por nenhum processo de encaixotamento ou ensacamento antes de serem transportados. São mais comuns nas regiões em que existem muitas fazendas e o agronegócio é bem desenvolvido. Existem duas categorias de cargas a granel: as cargas a granel líquidas e as cargas a granel sólidas.

As cargas a granel líquidas

O transporte de carga a granel líquida não é perigoso. Geralmente, equivale a leite, sucos, água potável e outros líquidos que não são embalados. O veículo que realiza essa tarefa deve apresentar determinadas características.

Por exemplo, será preciso uma carroceria provida de tanque de aço. Em certos casos, como suco e leite, o compartimento deve ser refrigerado, pois esses líquidos podem se deteriorar por causa do calor excessivo.

As cargas a granel sólidas

As cargas sólidas são formadas, na maior parte, por matéria-prima como soja, arroz, milho, feijão, café e outros grãos. Eles são insumos de grande importância para a economia e o consumidor final.

Para esse transporte, os caminhões têm carrocerias abertas e recebem o nome genérico de “graneleiros”. Existe a possibilidade de as cargas serem dispostas em pallets ou contêineres, o que facilita a carga e a descarga, bem como o deslocamento.

As cargas frigoríficas também são um segmento recorrente nas rodovias

Para realizar o transporte de carga frigorífica, as transportadoras devem ter certos cuidados especiais, cumprindo as exigências determinadas para esse caso, conforme a NBR nº 14701/2001. Entre elas, podemos citar:

• O baú frigorífico higienizado e em boas condições de uso para evitar contaminação:
• A circulação de ar facilitada;
• O piso vedado e as paredes lisas;
• Os materiais impermeáveis;
• Os volumes de cagas distribuídos corretamente;
• A separação das cargas que precisam de uma mesma temperatura para se manterem conservadas.

Isso ocorre porque os produtos frigoríficos estão destinados ao consumo humano, são alimentos. Podem ser consideradas, basicamente, duas categorias de cargas frigoríficas: aquelas que são perecíveis e as que seguem congeladas.

As cargas frigoríficas perecíveis

Como o próprio nome diz, elas estão sujeitas a estragarem com o passar do tempo. A logística precisa de um bom planejamento e uma execução eficiente. Fazem parte dessa categoria os as frutas e os legumes, por exemplo. O veículo precisa de um equipamento que controle a temperatura (entre 4º C a 10º C), mas sem formar gelo, como as câmaras frias. As rotas, de preferência, devem ser mais curtas.

Para mais detalhes sobre a temperatura ideal de cargas perecíveis e congeladas, vale a pena consultar a Tabela para Transporte de Produtos Frigorificados.

As cargas frigoríficas congeladas

As cargas congeladas são aquelas que sofreram resfriamento até o gelo se formar. O congelamento ajuda a preservar as qualidades dos produtos. Entre esses produtos, podemos citar a carne de boi congelada, aves congeladas, alimentos congelados, como pão de queijo e lasanha.

A temperatura deve ser mantida do começo ao fim da viagem. O veículo mais recomendado é o que tem baú frigorífico, cuja temperatura deve permanecer entre -15º C e -20º C.

As outras cargas que são mais movimentadas nas rodovias nacionais

Vale destacar ainda outros segmentos de transporte de carga que são bem movimentados nas rodovias brasileiras, por exemplo:

• As cargas vivas(galinhas, vacas, porcos, outros animais);
• As cargas indivisíveis e excepcionais de grande porte(vagões, guindastes, transformadores, máquinas agrícolas, máquinas industriais, reservatórios de alimentos);
• As cargas secas(encanamentos, móveis, madeiras, alimentos não perecíveis, materiais de construção);
• As cargas perigosas(gases inflamáveis, gases tóxicos, explosivos, líquidos inflamáveis, materiais radioativos);
• As cargas do setor de saúde(remédios, equipamentos hospitalares, leitos, EPIs).

O transporte de carga fomenta e sustenta a economia brasileira e o modal rodoviário assume a responsabilidade pelo deslocamento da maior parte dos segmentos. É preciso investir nesse modal, mesmo que a partir da privatização de algumas rodovias.

Para o ano de 2020, os investimentos do governo federal em infraestrutura de transportes será o menor em 16 anos. Apenas para o modal rodoviário, são necessários R$ 496 bilhões para efetivar projetos de infraestrutura conforme a Confederação Nacional de Transporte (CNT) em artigo publicado pelo Portal NTC.

Agora você já conhece os segmentos mais comuns que circulam nas rodovias do Brasil. Aproveite, então, para descobrir como fazer o transporte de produtos frágeis com segurança!